Estimativa de junho prevê safra recorde de 247,4 milhões de toneladas

08/07/2020 18h02

Produção se mantém em patamar recorde com 2,5{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} acima da safra de 2019

Publicado em 08/07/2020 – 12:42 Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2020 foi estimada agora em junho em 247,4 milhões de toneladas. Com isso, se manteve em patamar recorde com 2,5{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} acima da safra de 2019, o que representa mais 6 milhões de toneladas.

O resultado é também 0,6{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} maior que a estimativa de maio em mais 1,5 milhão de toneladas. Os dados fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, referente a junho, divulgado hoje (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.

A área a ser colhida é 2,2{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} acima da registrada em 2019, que, com o acréscimo de mais 1,4 milhão de hectares, atingirá 64,6 milhões de hectares. Os três principais produtos deste grupo são o arroz, milho e a soja. Somados, representaram 92,3{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} da estimativa da produção e responderam por 87,2{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} da área a ser colhida.

Conforme o levantamento, em relação a 2019, houve alta de 1,7{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} na área do milho, com os aumentos de 4,7{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} no milho de primeira safra e de 0,6{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} no milho de segunda safra; de 2,9{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} na área da soja e quedas de 2,0{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} na área do arroz e de 0,1{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} na do algodão herbáceo.

Alta em relação a 2019

Na comparação com o ano passado, há previsão de mais 119,9 milhões de toneladas na soja, o que significa elevação de 5,6{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}. No arroz, com o crescimento de 5,3{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}, são mais 10,8 milhões de toneladas, e de 0,4{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} para o algodão herbáceo com mais 6,9 milhões de toneladas.

O IBGE informou também que, com uma produção de 97,5 milhões de toneladas, sendo 26,7 milhões de toneladas de milho na primeira safra e 70,8 milhões de toneladas de milho na segunda, espera-se recuo de 3{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} para o milho, após crescimento de 2,8{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} na primeira safra e decréscimo de 5,1{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} na segunda.

A região Centro-Oeste responde por 115,8 milhões de toneladas na distribuição da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas. As demais regiões: Sul (73,6 milhões de toneladas), Sudeste (25,6 milhões) Nordeste (21,9 milhões) e o Norte (10,5 milhões).

A pesquisa indica, ainda, que há aumento em quase todas as regiões: Nordeste (14,3{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), Sudeste (7,8{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), Norte (7,0{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}) e Centro-Oeste (3,8{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}). O único que apresentou declínio foi o Sul do país (4,7{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}).

Estados

Na distribuição da produção pelos estados, Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,4{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}, seguido pelo Paraná (16,4{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), Rio Grande do Sul (10,7{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), Goiás (10,1{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), Mato Grosso do Sul (7,9{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}) e Minas Gerais (6,1{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), que, somados, representam 79,6{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501} do total nacional. Com relação à participação das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (46,8{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), Sul (29,8{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), Sudeste (10,3{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), Nordeste (8,9{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}) e Norte (4,2{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}).

Junho e maio

Na relação de junho a maio deste ano, os destaques são as variações nas estimativas de produção do café arábica (4,8{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), cana-de-açúcar (1,8{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), mandioca (1,4{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), trigo (1,2{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), sorgo (1,2{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), aveia (1,0{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), milho 2ª safra (0,9{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}),  milho 1ª safra (0,6{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}) e  soja (0,5{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}).

Houve redução na produção da batata 3ª safra (26,2{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}),  feijão 1ª safra (3{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), cevada (2,4{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), café canephora (1,9{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), batata 2ª safra (1,6{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}), feijão 2ª safra (1{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}) e batata 1ª safra (0,5{566cc9a385eb5c53176b33b2e5256920dc5e2831a279a8f78f8e371482bf4501}).

Já em números absolutos, as variações em destaque ficam por conta da cana-de-açúcar (11,9 milhões de toneladas),  milho 2ª safra (647,7 mil toneladas), soja (547,3 mil toneladas), mandioca (266,6 mil toneladas), milho 1ª safra (160,8 mil toneladas), café arábica (121,7 mil toneladas),  trigo (82,7 mil toneladas), sorgo (31,7 mil toneladas), aveia (10,5 mil toneladas), batata 3ª safra (-239,3 mil toneladas),  feijão 1ª safra(-42,3 mil toneladas), cevada (-10,5 toneladas), café canephora (-16,6 toneladas), batata 2ª safra (-17,6 mil toneladas), feijão 2ª safra (-11,0 mil toneladas) e batata 1ª safra (-8,8 mil toneladas).

Edição: Kleber Sampaio
Fonte: Agência Brasil
Foto: Agência Reuters

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