Centro de Referência e Apoio à Vítima completa 25 anos

26/07/2023 18h46

Programa da Secretaria da Justiça e Cidadania realizou mais de 65 mil atendimentos a vítimas diretas e indiretas de crimes contra a vida

Criado para prestar apoio e atendimento psicológico, social e jurídico às vítimas diretas e indiretas de crimes contra a vida – como latrocínios, feminicídios e homicídios – o Centro de Referência e Apoio à Vida (CRAVI), da Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC), completa 25 anos este mês.

Para celebrar, a SJC vai realizar uma cerimônia para homenagear vítimas atendidas e profissionais do CRAVI, que contarão suas histórias e experiências com o serviço, e parceiros que contribuem para execução do programa em outras cidades, como Associação Brasileira de Defesa da Mulher da Infância e da Juventude (ASBRAD), Associação de Assistência à Mulher, ao Adolescente e à Criança “Esperança” (AAMAE), Associação de Apoio à Saúde Mental (ASAS) e Defesa e Cidadania da Mulher (DCM).

A comemoração será no dia 27/07, às 14h30, na Escola Paulista de Magistratura (EPM), e contará com a presença do secretário da Justiça e Cidadania, Fábio Prieto, além de representantes da EPM, do Ministério Público, da Defensoria Pública e do Tribunal de Justiça.

Mais de 65 mil atendimentos
Nesses 25 anos, o CRAVI realizou mais 65 mil atendimentos, com número crescente de acolhimentos a cada ano. Em 1998, quando foi criado, o serviço registrou 94 atendimentos. Dez anos depois, em 2008, o número saltou para 1.084 e, em 2018, foram 3.045 acolhimentos.

Só neste ano, de janeiro a junho, foram 3.707 atendimentos. No mesmo período de 2022, o CRAVI realizou 3.445 acolhimentos, contra 3.420, no ano anterior e 1.846 em 2020.

De acordo com a coordenadora do programa, Luane Natalle, o crescimento anual foi possível pela contratação de novas equipes e abertura de novas unidades.  Hoje, o CRAVI conta com nove postos, localizados em Araçatuba, Santos, São Vicente, Barueri, Caieiras, Guarulhos, Pindamonhangaba, São Paulo e Suzano.

“O CRAVI é o único serviço no Estado de São Paulo a atender esse público. Buscamos acolher as pessoas e romper os ciclos de violência, facilitando o desenvolvimento da autonomia”, informou Luane. “Além do atendimento direto, há também grande esforço das equipes direcionado a ações de articulação de rede, formação continuada, educação em direitos humanos e celebração de parcerias.”

O perfil do público que procura o CRAVI também mudou nesse período. Segundo Luane, no começo do programa, a maior parte era formada por mulheres, mães e companheiras que tiveram maridos e filhos mortos em conflitos armados. “Do início da pandemia de Covid 19 até hoje, houve aumento significativo nos casos consumados e tentativas de feminicídios”, contou.

Em dezembro de 2021, o programa participou da 4ª edição do Prêmio Selo de Direitos Humanos e Diversidade da Prefeitura de São Paulo e ganhou na categoria Mulheres com a campanha “Em briga de marido e mulher se mete a colher”, de atendimento online às vítimas de violência doméstica durante a pandemia de Covid19.

Atuação em desastres e traumas coletivos
O CRAVI também trabalha com vítimas de emergências e desastres. O atendimento é feito por psicólogas e assistentes sociais em plantões de acolhimento psicossocial, com atividades focadas em luto e acesso à justiça.

Em 2007, o programa atendeu familiares de vítimas do acidente com o avião da TAM, no Aeroporto de Congonhas, que deixou 199 mortos. Em 2019, prestou auxílio à comunidade no ataque à Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano e, em 2020, ofereceu apoio aos familiares das vítimas de desabamentos de terra no Guarujá.

A partir dessa prática, foi criado o primeiro protocolo do CRAVI de apoio às vítimas em desastres do Estado de São Paulo.

No início de 2023, prestou atendimento às vítimas do desastre que devastou o litoral norte paulista, após temporal que causou mortes e destruição na região, e na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, onde uma professora morreu e quatro pessoas ficaram feridas após ataque de um aluno.

Como ter acesso
Qualquer pessoa que tenha passado por situação de violência relacionada a crimes contra a vida pode ser acolhida gratuitamente no serviço por equipes de psicólogos e assistentes sociais.

Ao realizar a triagem, a equipe identifica as demandas e direciona as vítimas para as unidades CRAVI, que contam com espaços sigilosos e acolhedores para apoiar, escutar e cuidar das pessoas expostas ao sofrimento causado pela violência.

O programa também oferece orientação jurídica, por meio de parcerias com o Ministério Público do Estado de São Paulo e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, além de ações de prevenção à violência e educação em direitos humanos com oficinas, palestras e rodas de conversa.

Para acessar o CRAVI, basta ir a uma unidade com documento de identificação. A sede fica na Av. Abraão Ribeiro, 313, piso térreo – Av. D, sala 0-429. O telefone é (11) 3666-7778 e o e-mail [email protected].

25 anos do CRAVI
27/07, às 14h30
Auditório da Escola Paulista de Magistratura (EPM), piso térreo
Rua da Consolação, 1483 – Consolação, São Paulo/SP

Assessoria de Imprensa
Comunicação
Secretaria da Justiça e Cidadania

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