Direito 25 anos: oficial de Registro de Imóveis, ex-aluna torna-se autora de livros da área jurídica
20/05/2020
A floridense Carla Modina Ferrari concluiu o curso de graduação em 2004 e hoje vive em Campinas
Por Daniel Torres
Colaborou: Prof. Esp. Luiz Antonio Mota
Muitas são as histórias de vidas e carreiras profissionais transformadas pelo curso de Direito do Centro Universitário de Adamantina (UniFAI) que, em 2020, completa 25 anos de existência.
A evolução desse curso, que teve sua primeira turma em 1995, pode ser comparada à evolução da carreira de muitos que passaram pelos corredores da Instituição. Hoje, o Direito é um dos cursos mais procurados da UniFAI e referência na região.
Em 2000, somente um ano depois da formatura da primeira turma, a floridense Carla Modina Ferrari ingressou no Ensino Superior com o desejo de alavancar a carreira profissional. “Nunca tive dúvidas quanto ao curso de Direito. Meu objetivo era concurso público na área jurídica e já tinha essa intenção desde o início do curso”, contou ela.
E esse desejo se tornou realidade pouco tempo depois. “O curso de Direito foi a base de todas as minhas conquistas profissionais. Atuo, desde 2007, como oficial de Registro, investida na função pelo Tribunal de Justiça do Estado após ter sido aprovada no 4º Concurso Público de Notas e de Registros Públicos do Estado de São Paulo. Em 2011, após ter sido aprovada nas fases objetiva, dissertativa e oral, do 7º Concurso Público de Notas e Registros do nosso Estado, e ter sido classificada em terceiro lugar, assumi na delegação da serventia extrajudicial de Registro de Imóveis”, elencou a ex-aluna, que concluiu o curso de graduação em 2004 e hoje vive em Campinas.
Ao longo dessa trajetória, Carla Ferrari publicou oito livros na área jurídica (civil e de notas e registros). “Em 2017, lançamos o Tratado Notarial e Registral, constituído de cinco volumes. Em 2020, a publicação é do Volume 5 do Tratado Notarial e Registral, que trata exatamente do Registro de Imóveis, com 11 mil notas de rodapé, mais de 1,3 mil referências jurisprudenciais e mais de 1,2 mil obras consultadas. Um projeto de cinco anos, resultado de muita pesquisa jurídica. Há outros livros para publicação nesse ano de 2020”, revelou.
Segundo ela, o Direito é base de toda a carreira nos Registros Públicos: “é necessário, porque o Registro de Imóveis é uma função essencialmente jurídica”. Por isso, o curso de Direito da UniFAI foi essencial para a sua carreira. “Tive excelentes professores, que foram referência de profissionalismo e ética. Tenho orgulho da UniFAI e agradeço a todos os meus professores do período de cinco anos de faculdade. Cada prova, cada aula assistida, cada professor foram culminantes na minha formação profissional”, opinou.
O curso
Zelar pela harmonia e pela correção das relações entre os cidadãos, as empresas e o poder público é a função do bacharel em Direito.
Há duas carreiras distintas para o bacharel: pode atuar como advogado ou seguir a carreira jurídica. Como advogado, defende os interesses do cliente em diversos campos. Como juiz, resolve litígios entre indivíduos ou empresas.
O curso de Direito da UniFAI tem aulas presenciais no Câmpus II (avenida Francisco Bellusci, 1.000), com duração de dez semestres (cinco anos), no período noturno, e conta com laboratório de Informática, Biblioteca com amplo acervo jurídico, Núcleo de Prática Jurídica (NPJ/UniFAI), Centro de Pesquisa e Atividades Complementares (Cepac) e possui parcerias com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos (Cejusc) – órgão do Poder Judiciário –, Núcleo Especial Criminal (Necrim), Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Associação dos Advogados do Estado de São Paulo (AASP), Escola Superior do Ministério Público (ESMP) e a 59ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Adamantina.
Confira abaixo a íntegra da entrevista com a ex-aluna Carla Modina Ferrari à equipe do Departamento de Comunicação da UniFAI:
UniFAI – Qual o motivo de sua escolha pelo curso de Direito da UniFAI?
Carla Modina Ferrari – Nunca tive dúvidas quanto ao curso de Direito. Meu objetivo era concurso público na área jurídica, e já tinha essa intenção desde o início do curso.
UniFAI – O curso de Direito contribuiu para sua vida? Em qual área do Direito você atua?
Carla – O curso de Direito foi a base de todas as minhas conquistas profissionais. Atuo, desde 2007, como oficial de Registro, investida na função pelo Tribunal de Justiça do Estado após ter sido aprovada no 4º Concurso Público de Notas e de Registros Públicos do Estado de São Paulo. Em 2011, após ter sido aprovada nas fases objetiva, dissertativa e oral, do 7º Concurso Público de Notas e Registros do nosso Estado, e ter sido classificada em terceiro lugar, assumi na delegação da serventia extrajudicial de Registro de Imóveis. As aprovações não foram fáceis: foram anos de estudo e determinação. Muita leitura, muito estudo, muitas privações. Hoje, tenho orgulho de integrar o Registro de Imóveis do Brasil, todo informatizado, e referência internacional, embora isso não seja divulgado. E paralelamente a essa trajetória, tive a oportunidade de publicar oito livros na área jurídica (civil e de notas e registros). Em 2017, lançamos o Tratado Notarial e Registral, constituído de cinco volumes. Em 2020, a publicação é do Volume 5 do Tratado Notarial e Registral, que trata exatamente do Registro de Imóveis, com 11 mil notas de rodapé, mais de 1,3 mil referências jurisprudenciais e mais de 1,2 mil obras consultadas. Um projeto de cinco anos, resultado de muita pesquisa jurídica. Há outros livros para publicação nesse ano de 2020.
UniFAI – Quais as suas considerações finais quanto ao curso de Direito da UniFAI?
Carla – O Direito é base de toda a carreira nos Registros Públicos. É necessário porque o Registro de Imóveis é uma função essencialmente jurídica. Por isso, o curso de Direito da UniFAI foi essencial para minha carreira. Tive excelentes professores, que foram referência de profissionalismo e ética. Tenho orgulho da UniFAI e agradeço a todos os meus professores do período de cinco anos de faculdade. Cada prova, cada aula assistida, cada professor foram culminantes na minha formação profissional.
UniFAI – Quais os maiores desafios atualmente enfrentados e vivenciados pelo cartorário?
Carla – As pessoas desconhecem a necessidade de registrar seu imóvel e a importância que isso representa para si e para sociedade. Falta cultura disso, diferente da Europa, cuja importância dos registros públicos é de conhecimento de toda nação. No Brasil, existe uma inversão de valores no que é essencial. As pessoas fazem seguros de seus automóveis e não reclamam de pagá-los anualmente, esperando nunca fazer uso. O registro de sua casa, ao contrário, é menor que o valor do seguro do carro e se paga uma única vez para eternamente ter a segurança e a propriedade. Outra diferença está no montante do capital assegurado. No mercado, vale mais um imóvel ou um carro? Além disso, as pessoas desconhecem que o registro é o resultado de um controle de legalidade rígido e necessário, que garante segurança para o adquirente, para seus herdeiros e para os credores. Mais do que despender valor de investimento na aquisição de um imóvel é ter a certeza de que realmente o investimento é seguro, sem correr riscos de perda futura. Essa segurança, inclusive, facilita o crédito imobiliário e os financiamentos junto as instituições financeiras. Banco não faz empréstimos de dinheiro sem ter a certeza de que o imóvel dado em garantia é seguro. Para provar isso, é só verificar estatísticas de ações judiciais que visam desconstituir registro de um imóvel. O número é insignificante em todo país. O sistema registral funciona e é eficiente. As pessoas precisam se utilizar mais disso. O Registro de Imóveis hoje é centralizado e informatizado. Você não precisa sair de sua casa para solicitar uma certidão ou protocolar um título. Por exemplo, um advogado consegue localizar, por meio do site www.registradores.org.br, sem sair de seu escritório, todos os imóveis de determinado CPF no Estado de São Paulo inteiro e, com isso, solicitar eventuais penhoras. O judiciário encaminha on-line as constrições judiciais. Os bancos podem encaminhar os contratos de financiamento de imóveis sem que o cliente precise se deslocar até o cartório. O cartório registra e já encaminha a certidão ao banco para liberar o dinheiro ao vendedor. Rápido, fácil e seguro. Mas, infelizmente, muitos bancos ainda não usam essa ferramenta. A população ainda não se acostumou que hoje os cartórios são totalmente informatizados. Precisamos levar isso ao público, mostrar que as ferramentas virtuais estão disponíveis há muitos anos. A tecnologia registral não é futuro, é o próprio presente.
foto: A floridense Carla Modina Ferrari concluiu o curso de Direito da UniFAI em 2004 e hoje vive na região de Campinas como oficial de Registro de Imóveis
foto: Arquivo Pessoal