Governo de SP reúne ‘experts’ em Centro de Contingência de Coronavírus e define referências de saúde públicas e privadas

26/02/2020 20h31

Primeiro caso do Brasil foi confirmado nesta quarta-feira (26), na cidade de São Paulo; centro atuará na Secretaria de Estado da Saúde e conduzirá as medidas de enfrentamento ao COVID-19

A Secretaria de Estado da Saúde realizou, na manhã desta quarta-feira (26) a primeira reunião do centro de contingência do Estado criado para monitorar e coordenar ações contra a propagação do novo coronavírus.

Dentre as definições do centro, destaca-se a definição dos hospitais de referência para o tratamento de casos graves serão o Hospital das Clínicas de São Paulo (HCFMUSP) e Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital. No interior, HCs de Ribeirão Preto (USP) e Campinas (Unicamp), Hospital de Base de São José do Rio Preto e, no litoral, o Emílio Ribas II, do Guarujá. Juntas, essas unidades contam com cerca de 4 mil leitos, sendo mil de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Os hospitais privados também poderão integrar a rede, seguindo protocolos e até disponibilizando leitos, se houver necessidade. Profissionais da Saúde estadual vão reforçar os contatos com os serviços particulares para reforçar o alinhamento de estratégias e fluxos.

O Centro de Vigilância Epidemiológica irá capacitar ainda mais de 3 mil profissionais da área de saúde ao longo das próximas semanas em todo Estado.

SP possui 5 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS), mais de 100 mil leitos hospitalares, incluindo 15 mil de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

O Instituto Adolfo Lutz está preparado e possui kits diagnósticos para analisar amostras e realizar contraprova de laboratórios particulares, se preciso.

O centro contará com profissionais especialistas das redes pública e privada, com ênfase na área de Infectologia, sob a supervisão do Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann. A lista inclui o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e os professores Marcos Boulos (HCFMUSP), Esper Kallas, (HCFMUSP), Luiz Fernando Aranha (Unifesp), Carlos Fortaleza (HC de Botucatu) e Benedito Maciel (HC de Ribeirão).

O primeiro caso de COVID-19 é de um residente na Capital e esteve, em fevereiro, na Itália (confira abaixo mais informações).

Os sintomas do COVID-19 são febre, dificuldade para respirar, tosse ou coriza é preciso observar outros aspectos epidemiológicos, como histórico de viagem em área com circulação do vírus ou mesmo contato próximo a algum caso suspeito ou confirmado laboratorialmente para a doença.

Além da Itália, Austrália, China, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Singapura, Tailândia, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes Unidos estão na lista de locais de origem ou transição definida pelo Ministério da Saúde nesta semana. A mudança levou em conta o aumento de casos registrados fora do território chinês. As orientações foram replicadas pela Saúde aos serviços municipais.

“É imprescindível que, ao apresentar os sintomas as pessoas procurem um serviço de saúde mais próximo, como fez este paciente. A rede de saúde de SP está preparada e alerta. Prova disso é a rápida resposta e diagnóstico feito pelo Einstein e pelo Lutz, neste primeiro caso”, destacou o Secretário Germann.

“A prevenção é o mais importante para doenças respiratórias, pois vírus não respeita fronteira”, destacou David Uip. As Secretarias de Saúde do Estado e do Município de São Paulo estão monitorando as pessoas que tiveram contato com o paciente.

Cenário em SP

O primeiro caso de COVID-19 é de um residente na Capital e esteve, em fevereiro, na Itália. Retornou ao Brasil em 21 de fevereiro e apresentou sintomas suspeitos, como tosse, coriza e febre, compatíveis com a suspeita de COVID-19. Procurou o Hospital Israelita Albert Einstein, que deu a confirmação oficial para a doença na terça-feira (25).

Seguindo o fluxo oficial definido pelo Ministério da Saúde, o exame foi enviado para contraprova no Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência nacional para análise de amostras casos suspeitos. O homem está em isolamento domiciliar, estável.

Hoje, também estão sob monitoramento 11 adultos, sendo 9 residentes na Capital, 1 em Lorena e 1 em São Roque. Além dos sintomas respiratórios, os pacientes têm histórico de viagem, sendo um dos casos com passagem pela China, nove pela Itália e um que teve contato com caso suspeito.

Todas as ações e medidas seguem protocolos do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde. O site www.saude.gov.br/coronavirus está concentrando as informações atualizadas sobre o tema.

Assessoria de Imprensa
Secretaria Especial de Comunicação

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