Tudo já foi dito

27/03/2020 16h15

*José Renato Nalini

Educação continua a ser a única relevante questão para a salvação do Brasil. Fôssemos educados adequadamente e não haveria violência, nem desemprego, nem essa fúria contra o meio ambiente, nem miséria, nem pobreza. Teríamos despertado para a vocação natural de um país que perdeu a oportunidade de se atualizar e continuou a ser vendedor de comodities, o que faz há 500 anos. Poderíamos ser o destino do turismo planetário, não tivéssemos investido em uma formação universitária afeiçoada à tradição – que alguns consideram maldição – do bacharelismo.

Não faltaram avisos. Rui Barbosa, que escreveu sobre todos os assuntos e que hoje é um dos pensadores mais lidos na China, enquanto aqui nem sempre é lembrado, um dia proclamou: “Cumpre renovar o método, orgânica, substancial, absolutamente, nas nossas escolas. Ou antes, cumpre criar o método; porquanto o que existe entre nós usurpou um nome, que só por antífrase lhe assentaria: não é o método de ensinar; é, pelo contrário, o método de inabilitar para aprender. A criança, esse belo organismo, animado, inquieto, assimilativo, feliz, com os seus sentidos dilatados pela viveza das impressões como amplas janelas abertas para a natureza, com a sua insaciável curiosidade interior a atraí-la para a observação dos fenômenos que a rodeiam, com o seu instinto investigativo, com a sua irreprimível simpatia pela realidade com a sua espontaneidade poderosa, fecunda, criadora, com a sua capacidade incomparável de sentir a amar “o divino prazer de conhecer”, a criança, nascida assim, sustentada assim pela independência dos primeiros anos, entra para o regime da escola, como flor, que retirassem do ambiente enérgico e luminoso do céu tropical, para experimentar na vida vegetativa da planta os efeitos da privação do sol do ar livre, de todas as condições essenciais à natureza da pobre criaturinha condenada”.

Alguém atendeu a essa convocação?

Continuamos a adestrar a criança, fazendo-a decorar informações que estão mais atualizadas no Google. Temos classes anacrônicas, a partir da adoção de fileiras em que o último da fila só pode apreciar o panorama da nuca dos que estão à sua frente. Pagamos miseravelmente ao professor, que deveria ser a maior remuneração da Administração Pública.

Será que ainda dá tempo de reverter o quadro caótico e trágico e preparar as novas gerações de brasileiros para os desafios da Quarta Revolução Industrial?

*José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-Graduação da UNINOVE e Presidente da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS 2019-2020.

WhatsApp Image 2020 03 25 At 11.03.04

Em apoio a projeto comunitário, FAI doa uniformes a grupo de capoeira de Adamantina

18/06/2025  17h05 Doação inclui aproximadamente 50 conjuntos de camisetas e calças para crianças que não têm condições de adquirir os uniformes com recursos próprios Por Daniel

FAI suspende atividades de 19 a 21 de junho devido a feriado de Corpus Christi

18/06/2025 16h10 Vestibular de Medicina ocorrerá normalmente no domingo, 22; atividades administrativas e acadêmicas serão retomadas na segunda-feira, 23  Por Priscila Caldeira Conforme previsão do

Prefeitura de Adamantina dá início a implantação de projeto que visa eliminar o uso de papel nos processos administrativos

18/06/2025 16h07 Departamento de Protocolo, localizado no térreo do Paço Municipal, suspenderá atendimento ao público na segunda e terça para capacitação dos servidores A Prefeitura

00:00